@MASTERSTHESIS{ 2022:1368401982, title = {Ensaiando decolonialidade : o gênero ensaio como possibilidade de insurgência na escrita acadêmica}, year = {2022}, url = "http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1121", abstract = "Com as reflexões e discussões, tecidas ao longo desta pesquisa, busco desvelar traços de decolonialidade na perspectiva de insurgências na escrita acadêmica e no gênero ensaio acadêmico. Realizar esse objetivo implica reconhecer a decolonialidade como forma de legitimar uma outra escrita acadêmica, descentralizada do eixo eurocêntrico e colonial no qual se estabeleceram os padrões hegemônicos do conhecimento. Implica ainda em que essa escrita alcance epistemologias plurais, principalmente as subalternizadas e que promova novas formas de produzir, registrar e legitimar o conhecimento, na medida em que “autoriza” outros saberes, outros corpos, outras epistemes a falarem, numa concepção mais ampla de decolonialidade do(s) saber(es). O caminho que sigo é pelos estudos da linguagem, mais especificamente da escrita acadêmica e dos gêneros discursivos que a constituem. Me baseio no fato de que o estudo da linguagem é um meio viável para romper barreiras entre texto, contexto, escritor, leitor e a realidade social na qual estão dispostos esses elementos e, por considerar as práticas de linguagem como sendo a materialização da vida em todos os seus sentidos e significados. Apresento este estudo na forma de uma discussão, pela qual, problematizo e coloco à prova alguns paradigmas da colonialidade do saber que se encontram arraigados, solidificados no campo acadêmico e permeiam todo o seu funcionamento, operação e produtos dele originados. Chamo a atenção para um ignorado jeito de conceber o trabalho científico, na sua forma metodológica, de registro e de discurso, o ensaio acadêmico e, por esse motivo, tento irromper uma escrita livre, uma retórica irregular, um método tido como não-científico, permeado por subjetividades e por uma razão plural, insurgente. Desenvolvo uma análise reflexiva acerca da escrita do ensaio-objeto selecionado, identificando características não convencionais na sua forma de registro, mas, também e principalmente, na forma como é narrada a experiência da escrita, o que de fato, é uma insurgência. Dessa forma, por este pequeno, mas, significativo movimento, afirmo que sim, o gênero ensaio representa uma possibilidade real de promover insurgências na escrita acadêmica, principalmente por apresentar características crítico-reflexivas em sua configuração e, portanto, acolher a subjetividade e as muitas formas de conceber o conhecimento. Reconheço que outros gêneros acadêmicos podem se prestar a esse papel, porém, com muito mais restrições que o ensaio, pelos motivos alegados. E, por fim, desejo despertar para a importância e urgência de que sejam criados novos espaços e um novo olhar para os saberes da diversidade, nascidos principalmente dos grupos minorizados e marginalizados pelo ranço da colonialidade, na academia e na sociedade, em outras palavras, um olhar mais receptivo, humano e livre para a escrita acadêmica.", publisher = {Universidade Estadual de Goiás}, scholl = {Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias (PPG-IELT)}, note = {UEG ::Coordenação de Mestrado Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias} }