@MASTERSTHESIS{ 2023:2022776736, title = {Migração estudantil interestadual na Universidade Federal de Goiás : políticas, sentidos e juventudes}, year = {2023}, url = "http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1144", abstract = "A presente Dissertação, vinculada à linha de pesquisa Trabalho, Estado e Políticas Educacionais, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade Estadual de Goiás. Tem por objetivo principal compreender a migração estudantil interestadual, realizada por jovens universitários que ingressam na Universidade Federal de Goiás enquanto um movimento de acesso à educação superior, implicado pelas políticas de expansão e reconfiguração desse nível de educação para a concretização de um direito social e os sentidos que os próprios estudantes atribuem para este deslocamento. Entende-se que a migração estudantil vem se estruturando enquanto política educacional devido a conjunção de diversas políticas educacionais, como o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), o Sistema de Seleção Unificada (SiSU), o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), o Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) e a Lei de Cotas, e como consequência imediata delas. Dessa forma, questiona-se: após a adoção do SiSU quais são os grupos sociais de estudantes que migraram para a Universidade Federal de Goiás? Quais são os sentidos atribuídos a este movimento por quem realizou a migração estudantil? Para responder tais questionamentos, retomou-se a teoria praxiológica desenvolvida por Pierre Bourdieu, por meio dos conceitos chave: campo, habitus e capital. No desenvolvimento da pesquisa, utilizou se a abordagem de pesquisa qualitativa com utilização de dados quantitativos, no delineamento da pesquisa foram utilizadas pesquisas de campo, com fontes de pesquisa bibliográfica e documental. No que se refere à coleta de dados quantitativos, solicitou-se à UFG informações sobre os ingressantes na instituição entre 2015 a 2019. No que tange aos dados qualitativos, foram aplicados questionários e realizadas entrevistas com 17 jovens que fizeram esse deslocamento, provenientes de 11 unidades federativas brasileiras. Os resultados apontam que, neste período, a UFG recebeu estudantes de todas as unidades federativas e também de outros países, mas o número de matriculados não significa a permanência na instituição. Determinados cursos funcionam como fator de atração, mas a taxa de permanência varia de acordo com cada um. Pelos dados obtidos, pode-se afirmar que a migração estudantil interestadual é feita, em sua maioria, por homens (54,7%), autodeclarados pardos (43,9%) e que tenham ingressado por alguma cota (53,3%). No que se refere aos sentidos atribuídos a este deslocamento, apesar da condição de estudantes migrantes que os une, o modo que vivenciam possui particularidades a partir do lugar social de cada estudante, marcadores sociais como classe, cor, gênero e procedência geográfica impactam nessas vivências. Avalia-se que dentre os aspectos positivos estão o amadurecimento pessoal e a qualidade da formação profissional; e entre os negativos, a saudade da família e/ou amigos, a falta de segurança e a violência na cidade de Goiânia. Além disso, atribuem ao SiSU o fato de terem se matriculado na UFG. De todo modo, as migrações estudantis decorrem das políticas educacionais de expansão da educação superior pública, ao mesmo tempo que as constitui, e podem ser entendidas como uma estratégia de continuidade da escolarização para melhor colocação profissional.", publisher = {Universidade Estadual de Goiás}, scholl = {UEG ::Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Educação}, note = {UEG ::Coordenação de Mestrado em Educação} }