@MASTERSTHESIS{ 2022:1004821574, title = {Ruínas de igrejas: as representações estéticas e culturais no cerrado goiano}, year = {2022}, url = "http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1205", abstract = "As ruínas de templos religiosos constituem um importante campo de experimentações estéticas e de possibilidades acadêmicas. Esta pesquisa buscou apresentar o quão as ruínas em Goiás estão imbuídas de estética, história e cultura. O problema central da pesquisa consiste na análise de uma importante mudança cultural que teve lugar em épocas contemporâneas: por que as ruínas de igrejas em Goiás eram consideradas símbolo da decadência, no século XIX, mas passaram a ser valorizadas como patrimônio histórico e artefatos estéticos a partir do séculoXX? As ruínas eram vistas como símbolo da decadência porque reforçavam a representação de uma sociedade em declínio civilizatório; mas a partir do século XX, as ruínas foram valorizadas culturalmente como patrimônio histórico e esteticamente como expressão do sublime. Com o aparecimento da noção de patrimônio histórico e artístico, o antigo passou a ser valorizado, o que foi possibilitado também pelo surgimento de um contexto pós-moderno de valorização estética e cultural das coisas do passado. Assim, pode-se perceber que o valor cultural das ruínas de Igrejas em Goiás está no fato de que essas construções passaram de desvalorizadas, porque representavam a decadência civilizacional, a ter representatividade estética, cultural e simbólica reconhecida pelos órgãos patrimoniais e pela sociedade. O objetivo principal da pesquisa foi transformações históricas e culturais, e as transformações das ruínas de “símbolo da decadência” em objeto de valoração estética, buscando analisar as igrejas do ponto de vista do seu valor religioso, patrimonial e estético. O primeiro capítulo buscou compreender como a sociedade goiana concebia os templos católicos para, com isso, mensurar melhor o valor social das igrejas que se transformaram em ruínas. Para a sociedade goiana, por longos anos, as ruínas arquitetônicas eram vistas como argumento de uma decadência que atingiu a Província após o esgotamento das minas auríferas no início do século XIX. No caso das ruínas de igrejas, o impacto era bem mais profundo, já que os templos eram centros da religiosidade e da sociabilidade. No segundo capítulo a tentativa foi apresentar que esses espaços passaram a ser valorizados pela sociedade do século XX e XXI através da patrimonialização das antigas construções em fragmentação. A pesquisa se mostra a caminho para a compreensão mais nítida sobre o que é a estética das ruínas. Adianta-se, também, que a história e a patrimonialização em Goiás está muito mais ligada a “conflitos” e interesses políticos do que propriamente à valorização. Por fim, o último capítulo buscou apresentar as percepções acerca da estética das ruínas e como a visão sobre esse espaço foi sendo modificada principalmente neste inicio do século XXI, quando passou a estar presente nas fotografias e produções audiovisuais, e como o sublime foi ganhando novas formas e percepções ao longo dos séculos. As ruínas, em seus vários graus de arruinamento, passaram a ter representatividades diferentes tanto para a comunidade civil quanto para a comunidade artística e acadêmica.", publisher = {Universidade Estadual de Goiás}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Territórios e Expressões Culturais no Cerrado (PPG-TECCER)}, note = {UEG ::Coordenação de Mestrado Territórios Expressões Culturais do Cerrado} }