@MASTERSTHESIS{ 2022:1704036693, title = {Aspectos interculturais nos usos dos verbos pegar e tomar na voz da mulher do povo, Cora Coralina}, year = {2022}, url = "http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1264", abstract = "Esta dissertação objetiva descrever as construções com os verbos pegar e tomar nas obrasdeCora Carolina, com a finalidade de investigar a multifuncionalidade desses verbos à luzdaGramática de Construções, correlacionando seus usos em construções plenas e construções-suporte. Ao adotar essa perspectiva teórica, é necessário considerar os níveis linguísticosdaforma e do significado envolvidos na elaboração de construções com esses verbos e, também, os processos de ordem cognitiva que propiciam a mudança deles da categoria plena paraacategoria suporte, sobretudo, o processo de metaforização. Grande parte das atividades dosseres humanos partem de uma experiência corpórea e, baseados nela, mesmo de modoinconsciente, eles constroem metáforas. Tendo em mente que a experiência corpórea é abasepara a conceptualização também de nossos expedientes linguísticos, optamos por investigar osverbos pegar e tomar, visto que ambos têm como traço semântico básico a aproximaçãodocorpo e representam ações básicas: Agarrar algo ou alguém; segurar e requerer posse dealgo, apropriar-se. Por essas características, esses verbos são recorrentes na fala cotidiana e, portanto, facilmente acessados. Além disso, motivados pela frequência de uso, esses verbos tendem, apartir de um processo metafórico, a aderirem às características culturais do contexto de usodosfalantes. Nessa condição, a hipótese inicial para o desenvolvimento deste trabalho reside nofatode a língua ter uma base corporal para a construção de metáforas (LAKOFF, 1987; LAKOFF; JOHNSON, 2002; SILVA, 2005) e, como os verbos pegar e tomar têm uma forte relaçãocomocorpo, essa relação pode servir de base para a abstratização dos verbos e ampliaçãodeseuscontextos de uso e, por consequência, das suas redes construcionais. Em vista disso, oenfoquedesta pesquisa é descrever de que modo o processo metafórico se revela nas construções-suporte, que, por sua vez, são frequentes no falar goiano (SILVA, 2016; OLIVEIRA, 2018). Considerando a relação intrínseca da língua e da cultura (KÖVECSES, 2009, 2010; GEERTZ, 2012; CAPUCHO, 2016), utilizamos como corpus de pesquisa as obras de Cora Coralina(2013a, 2013b, 2013c), uma vez que os textos da poetisa têm caráter mnemônico e, assim, conseguem representar o perfil linguístico da cultura goiana ao registrar os costumes dopovogoiano. Como caminho metodológico, utilizamos a pesquisa qualitativa descritiva, comsuportequantitativo. A investigação foi fundamentada nos estudos da Linguística centrada nousodeBybee (2010, 2016), Furtado da Cunha et. al. (2013), Givón (2001) e Neves (2002, 2018), quepermitiram analisar os aspectos cognitivos que norteiam os diferentes usos das construções comos verbos em análise. Recorremos também à Gramática de Construções de Goldberg(2006), Traugott e Trousdale (2013), Traugott (2008), Croft (2001), Langacker (1987) e outros, quepermitiram estudar a língua como um esquema cognitivo abstrato, organizado emredeshierárquicas e redes de herança. A análise dos dados demonstrou que a multifuncionalidadedosverbos pegar e tomar pode estar vinculada ao traço comum das categorias plena e suporte: adeaproximação corporal (OLIVEIRA, 2018); também ocorre devido ao próprio dinamismodalíngua, que visa atender à necessidade do falante.", publisher = {Universidade Estadual de Goiás}, scholl = {Programa de Pós-Graduação Strito sensu em Língua, Literatura e Interculturalidade (POSLLI)}, note = {UEG ::Coordenação de Mestrado em Língua, Literatura e Interculturalidade} }