@MASTERSTHESIS{ 2022:682633077, title = {Ecoando vozes subalternizadas : uma experiência de/colonial e antirracista de educação linguística em sala de aula de ensino médio}, year = {2022}, url = "http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1270", abstract = "A proposta deste texto é promover vozes de pessoas subalternizadas pelo modelo eurocêntrico de pensar sobre o conhecimento, a partir de conversas sobre racismo com estudantes de ensino médio de uma escola pública goiana, focalizadas em problematizações a respeito da cultura racista e sutil que consumimos diariamente por intermédio de alguns espaços institucionais, com ênfase na sutileza que o racismo é internalizado em nós por meio da mídia. Essa atitude pedagógica partiu da minha experiência enquanto aluno, período em que muitas vezes eu queria falar, expor o que pensava e/ou sentia, e nunca me foi concedido o espaço de fala (SILVESTRE, 2016). Assim, resolvi usar o meu espaço de privilégio conquistado para tentar fazer ecoar algumas vozes silenciadas. Ao sentir falta de conhecimentos subalternizados na escola e em pesquisas científicas, especialmente sobre racismo, propus-me a buscar maneiras outras de produzir tais conhecimentos. Desta forma, me baseei na perspectiva de Mignolo (2003) não para pesquisar sobre, mas para pesquisar com. Portanto, o que algumas pesquisas eurocêntricas chamam de dados, nesta dissertação, serão vistos como conhecimentos, ou seja, pensamentos materializados por intermédio da linguagem. Compreendendo a aprendizagem linguística como algo transdisciplinar, e até mesmo anti-disciplinar (PENNYCOOK, 2006), baseio-me em alguns saberes de campo distintos, mas complementares da linguagem, como os estudos decoloniais (CASTRO-GÓMES, 2005; COSTA; TORRES; GROSFOGUEL, 2018; GROSFOGUEL, 2008, 2006; QUIJANO, 1992, 2005), transdiciplinares (BRANCO, 2005; FANON, 1968, 2008; FAZZI, 2008; GRAMSCI, 1999; HOLANDA, 1995; MATTOZO, 2003; MOURA, 1977; MUNANGA, 1999, 2000; SPIVAK, 2010; KILOMBA, 2019), cognitivos (CORTEZ, 2005; FERRARI, 2011; LAKOFF; JOHNSON, 2002; SILVA, 2012) e críticos da linguagem (FABRÍCIO, 2006; FAIRCLOUGH, 2001, 2010;MOITA LOPES, 1996, 2006, 2009, 2019; NASCIMENTO, 2019; OLIVEIRA, 2013; PENNYCOOK, 2006; RAJAGOPALAN, 2007),entre outros, que corroboram as reflexões aqui apresentadas. Esta pesquisaensino é decolonial com vontade de ser antirracista, realizada nos meses de maio e junho de 2021, por meio de sete encontros remotos, conduzidos às terças-feiras com aprendizes do terceiro ano do ensino médio em uma instituição pública. Para a realização destes encontros, foi utilizada a plataforma Google Meet, devido ao momento pandêmico que estamos vivenciando, espaço no qual foram promovidas as conversas e reflexões. Para registrar os conhecimentos apresentados, todos os encontros foram gravados em áudio e vídeo. Os resultados indicam a necessidade e a possibilidade de evidenciar as vozes subalternizadas em nossos espaços privilegiados. Para além disso, esta pesquisaensino também nos permite perceber que a cultura que consumimos, por intermédio da mídia, está tão “naturalizada” em nosso cotidiano que não percebemos facilmente o racismo que se transmite e se funde ao que conhecemos como “cultura popular”.", publisher = {Universidade Estadual de Goiás}, scholl = {Programa de Pós-Graduação Strito sensu em Língua, Literatura e Interculturalidade (POSLLI)}, note = {UEG ::Coordenação de Mestrado em Língua, Literatura e Interculturalidade} }