@MASTERSTHESIS{ 2023:1712941581, title = {Tropologias do discurso de gênero e do texto literário em “A enxada” e “Ontem, como hoje, como amanhã, como depois” de Bernardo Élis}, year = {2023}, url = "http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1375", abstract = "O presente trabalho, com o tema direcionado a Tropologias do discurso, tem como objetivo discutir, por meio da observação das personagens constituintes de contos de Bernardo Élis, questões referentes ao processo de (de)formação social em que o mundo fictício dos contos representam vivências inseridas no sertão goiano. Entender também como, no texto literário, o processo histórico-cultural-geográfico pode ser determinante na subalternização das personagens marginalizadas presentes na narrativa literária. Entre os processos de subalternização, podem ser destacados a opressão do sertanejo pobre; os modos de discriminação a que ele está sujeito; a desconsideração do negro enquanto ser social e consequentemente seu rebaixamento da condição humana; a fragilidade feminilizada pelo discurso opressor; os estereótipos discriminatórios da figura feminina voltados à mulher indígena. Além disso, pelo viés literário, personagens se apresentam de modo coisificado, às vezes animalizado, por meio da metaforização da língua e outros recursos estilísticos na construção da narrativa literária que, no entanto, acabam por representar o cotidiano linguístico vivenciado no mundo real. O corpus da investigação é composto pelos contos “A enxada”, da obra Veranico de Janeiro publicada em 1966, e “Ontem, como hoje, como amanhã, como depois”, da obra Caminhos e Descaminhos publicada em 1965, de Bernardo Élis. Do ponto de vista científico para a pesquisa, a fundamentação teórica direcionada ao estudo se sustenta em autores como Hayden White (2014), Homi Bhabha (2013, 1992), Pedro Fonseca (2011) e Paul Ricoeur (2000) entre outros que abordam o assunto em discussão. Quanto à metodologia, a pesquisa se pauta em obras como os contos citados anteriormente, analisados e confrontados com fontes teóricas, que lhe sustentarão teoricamente a fim de que, a partir desse embate, se compreenda a relação à carga expressiva propiciada pelos tropos do discurso. Os resultados alcançados com essa pesquisa, por meio de uma visão literária, se configuram a partir do conhecimento a respeito do modo como as palavras se transfiguram de sentido, da expressividade da relação opressora e ideológica a que as classes marginalizadas estão submetidas, dos tropos discursivos marcados por discriminação e de estereótipos construídos histórica e culturalmente, do ponto de vista do opressor, e que caracterizam a população interiorana de Goiás. No caso dos contos examinados, o negro e a mulher indígena caracterizam-se como uma dessas representações estereotipadas, carregam em si, como personagens fictícias, as marcas opressoras da oralidade. O estudo assim, contribui epistemologicamente às pesquisas que tenham como objetivo conhecer um pouco mais sobre a capacidade que as palavras têm em se transfigurar significativamente pelos tropos discursivos, consequentemente entender os preconceitos ideológicos inseridos culturalmente na fala goiana, herança da colonialidade, o que Bernardo Élis propicia por meio de sua produção narrativa na Literatura Goiana.", publisher = {Universidade Estadual de Goiás}, scholl = {Programa de Pós-Graduação Strito sensu em Língua, Literatura e Interculturalidade (POSLLI)}, note = {UEG ::Coordenação de Mestrado em Língua, Literatura e Interculturalidade} }