@MASTERSTHESIS{ 2023:1628991890, title = {A política da morte na ficção distópica de Ignácio Loyola Brandão}, year = {2023}, url = "http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1381", abstract = "A ficção distópica na contemporaneidade tem se consolidado no universo literário como uma das mais populares vertentes do romance pela sua capacidade de objeção ao projeto de destruição do pensamento crítico e por funcionar como uma espécie de alerta em relação aos perigos que assolam a humanidade. No caso específico da literatura brasileira, esse tipo de narrativa assume dicções específicas, sobretudo no que diz respeito à hibridação entre fato e ficção. Neste sentido, essa dissertação irá perscrutar as narrativas distópicas do autor brasileiro Ignácio Loyola Brandão, em especial, o romance Desta terra nada vai sobrar, a não ser o vento que sopra sobre ela (2019), na tentativa de identificar se há alguma relação entre a sua escrita distópica e a "política da morte” defendida por Achille Mbembe (2011) em sua obra Necropolítica. Nela, o filósofo apresenta uma leitura da política como um campo de guerra onde quem tem a soberania detém o poder de definir quem importa e quem não importa viver. Nesse sentido, observa-se que Ignácio de Loyola Brandão tem produzido, nas últimas décadas, romances que trazem em seu bojo, o espectro da desordem, da injustiça, da corrupção e da barbárie, dispensando, de forma metafórica, fortes críticas às estruturas organizacionais e governamentais que potencializam os sistemas de governo que, mesmo de forma indireta, se constituem totalitários. Ao abordar questões sociais, culturais, econômicas e políticas, o romancista rememora em suas obras momentos de tensão e de opressão enfrentados pelo país, principalmente, desde o período ditatorial até a atualidade. A nosso ver, ele assume uma espécie de “missão”, ao valer-se da sua criação literária distópica para criticar o comportamentos das instituições de poder que, por meio de dispositivos, vigiam, usurpam, violentam e oprimem a população mais vulnerável. Essa característica do autor vai ao encontro do pensamento de Leyla Perrone-Moisés (2016), que em seu livro Mutações da literatura no século XXI, afirma que “a melhor literatura de nosso tempo é crítica” (p. 257). Como fundamentação teórica, nos apoiaremos nos estudos de Judith Butler (2020), Hannah Arendt (2012), Michel Foucault (2021) , Achille Mbembe (2011), dentre outros.", publisher = {Universidade Estadual de Goiás}, scholl = {Programa de Pós-Graduação Strito sensu em Língua, Literatura e Interculturalidade (POSLLI)}, note = {UEG ::Coordenação de Mestrado em Língua, Literatura e Interculturalidade} }