@MASTERSTHESIS{ 2023:1920725435, title = {Quilombolizar Kalunga : de pesquisados a pesquisadores}, year = {2023}, url = "http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1435", abstract = "A presente pesquisa se ancora no léxico quilombolizar, o qual tem base teórica-conceitual e epistêmica na Geografia popular, pensada a partir de uma práxis decolonial e contra hegemônica. Nesse sentido, a proposta elegeu como parceiros/as da análise a comunidade quilombola Kalunga de Cavalcante (Go), que contribuiu na compreensão do processo de autoafirmação étnica do povo Kalunga, a começar pela luta da titulação do território, ao acesso a políticas públicas de direito, como a educação, que aqui é vista como um instrumento de luta popular para a consolidação de territorialidades. O enredo parte da inquietação trazida por Lima (2012), que afirma que o principal motivo que levava o Kalunga a se reconhecer como tal era a necessidade de acesso ao território. Diante disso, atualmente, sob resquícios das pressões de um governo neoliberal, o que contribui para a autoafirmação ética do/a Kalunga? À luz desse contexto, analisou-se a trajetória do Kalunga desde a luta e re-existência para a regularização do território à conquista de outras territorialidades como a universidade na perspectiva do protagonismo diante da trajetória – pesquisados/as a pesquisadores/as. Assim, a pesquisa se justifica por ser uma ferramenta de reforço da luta do movimento quilombola, da luta e reexistência Kalunga, que aponta os desafios e os meandros das conquistas obtidas como coletivo e como sujeitos. Nesse sentido sua importância está no diálogo tecido para compreender os anseios do povo para assim traçar um panorama futuro, que está ancorado na ancestralidade, na coletividade e no simbólico. Como a análise parte da categoria território, a pesquisa perpassa pela base teórica consolidada por Karl Marx (2016), Rechus (2002), Raffestin (1993), Souza (2015), Haesbaert (2004). Além disso, para se aproximar da leitura territorial popular, latina, dialogou-se com as propostas de Walsh e Salazar (2015), Quijano (2005), Grosfoguel (2010), Fanon (2022), Fals Borda (1978), Mignolo (2008), Porto-Gonçalves (2002) e Saquet (2022). A base teórica permeou por toda a trajetória de escrita, assim autores como Nascimento (1978), Moura (1992), Ratts (2007), Munanga (1994), Maria Beatriz Nascimento (1989) sustentaram o diálogo que parte do quilombo, enquanto seu histórico em Goiás foi abordado com o auxílio da escrita de Silva (2003), Palacin (1997), Costa (2013), Salles (1992), além de Dias (2019), Cunha (2018 e 2020), Silva (2012), Gomes (2003), Rosa (2016), Santos (2021) que contribuíram na tecitura a partir da educação. Além do levantamento teórico e documental, o trabalho de campo se fez imprescindível e teve aprovação do Comitê de Ética da Universidade Estadual de Goiás em março de 2022. Por se tratar de uma pesquisa qualitativa, adentrou-se no território, tateando a realidade dos participantes (Alentejano e Rocha-Leão, 2006). Assim, usou-se do trabalho de campo para compreensão das particularidades (Marafon, 2009) que envolvem a comunidade quilombola de Cavalcante (GO). Para apresentar o efeito esperado da pesquisa, o campo foi pensado através do uso das técnicas metodológicas, logo, utilizou-se de rodas de conversa, como o suporte de Moura e Lima (2014) e Lisbôa (2019). Fez-se o uso de entrevistas estruturadas e questionários amparados por Chizzotti (2009). Além disso, os registros fotográficos (Frasson (2021), também foram fundamentais para revelar a realidade abordada. Contudo, através da organização dos quatro capítulos, propõe -se um conceito pautado na luta quilombola, e uma reflexão sobre a potencialidade do uso do termo na e pela Geografia, bem como na luta e re-existência quilombola Kalunga.", publisher = {Universidade Estadual de Goiás}, scholl = {Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Geografia}, note = {UEG ::Coordenação de Mestrado em Geografia} }