@MASTERSTHESIS{ 2024:1568028770, title = {A escrita da história na ficção de Luiz Ruffato}, year = {2024}, url = "http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1530", abstract = "Em nossa pesquisa, desenvolvemos uma leitura da ficção de Luiz Ruffato a partir da relação hibrida entre a literatura e a história. Luiz Ruffato é conhecido por problematizar em suas obras fatos históricos relacionados a momentos traumáticos da história do Brasil. Observamos, a partir da leitura de sua prosa, como o romancista vem consolidando seu projeto literário pautado na “história vista de baixo”, ou seja, na configuração de vozes de sujeitos excluídos pela/na história, sobretudo relacionada à classe proletariada. Ao revisitar a história por meio dos vencidos, nota-se a perspectiva do escritor em dar ênfase aos fluxos migratórios desses indivíduos. Em nossa dissertação, nós nos deteremos no exame de duas narrativas recentes em que, a nosso ver, esse hibridismo entre fato e ficção é bastante enriquecedor. São os romances, De mim já nem se lembra, publicado em 2007 e reescrito e editado em 2016 e, seu mais recente livro, O antigo futuro, lançado em dezembro de 2022. Trata-se de obras nas quais o autor problematiza momentos específicos da história nacional por meio de “resquícios de história” (DOSSE, 2018) presentes em memórias e experiências daqueles que viveram sob o período da ditadura civil-militar no Brasil. A partir da análise de contextos ditatoriais, pautados em estudos dos historiadores, veremos como os eventos políticos impactam na vida desses sujeitos simples representados na ficção de Luiz Ruffato. Nesse sentido, nossa pesquisa também tem o intuito de perscrutar sobre os elementos da historiografia que alicerçam a construção dessas narrativas e criam uma representação do Brasil, a partir de uma perspectiva social e histórica. Quanto à forma estrutural de cada romance, em De mim já nem se lembra, o romancista resgata a forma epistolar, ressignificando-a como estrutura propulsora da narrativa. O gênero carta, nesse romance, é uma escrita de si que serve como um “arquivo” da ditadura na narrativa. Além disso, nessa mesma obra, o autor joga de forma especular com a autoficção, que transita entre a história e a ficção. Já em O antigo futuro, percebe-se uma revisitação da história por meio de uma estrutura narrativa anacrônica que, pautando-se nos percalços da família Bortoletto, cem anos de Brasil (1916-2016) são problematizados na ficção. Como fundamentação teórica de nosso estudo comparado, nos apoiaremos nos estudos de Michael Foucault (2004), Philippe Lejeune (2014), Karl Erik Schøllhammer (2009), Diana Klinger (2008), Tânia Pellegrini (2018), Regina Dalcastagnè (2005), François Dosse (2003), Jim Sharpe (1992), Geneviève Haroche-Bouzinac (2016), Giorgio Agamben (2009), Euridice Figueiredo (2017), Rodrigo Patto Sá Motta (2021), Marco Antonio Villa (2014), Eduardo Bueno (2012), entre outros.", publisher = {Universidade Estadual de Goiás}, scholl = {Programa de Pós-Graduação Strito sensu em Língua, Literatura e Interculturalidade (POSLLI)}, note = {UEG ::Coordenação de Mestrado em Língua, Literatura e Interculturalidade} }