@MASTERSTHESIS{ 2025:87456232, title = {“Sou uma agulha que ferve no meio do palheiro” : rasgando territórios estéticos em "Metade cara, metade máscara", de Eliane Potiguara}, year = {2025}, url = "http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1791", abstract = "Este trabalho explora a relevância da Literatura Indígena Brasileira Contemporânea, com foco na obra "Metade Cara, Metade Máscara" (2018) de Eliane Potiguara. A pesquisa discute como a autora desafia e expande os limites do território da literatura brasileira contemporânea, apresentando as múltiplas faces da escrita indígena em sua transversalidade e características fronteiriças. A escolha deste livro, entre tantos outros de autoria de mulheres indígenas, justifica-se por seu caráter inespecífico, tão aproximado dos debates sobre a estética contemporânea, sendo o arremate da confluência de variados gêneros textuais. Além disso, trata-se de uma das primeiras obras publicadas por indígenas no Brasil e a primeira escrita por uma mulher indígena. O estudo fundamenta-se nas categorias de inespecificidade (Garramuño, 2014), pós-autonomia (Ludmer, 2013), experiência (Scott, 1999; Anzaldúa, 2021) e diáspora indígena (Graúna, 2013). A análise enfoca a estética de Potiguara, cuja obra transcende os limites estéticos da literatura, criando um discurso heterogêneo que questiona o universalismo e valoriza o hibridismo e a subjetividade de uma experiência indígena contemporânea, num rompimento com o discurso do indígena como figura do passado, mostrando-o como agente do presente. A pesquisa está estruturada em dois capítulos. O primeiro apresenta a Literatura Indígena Brasileira Contemporânea, discutindo como ela amplia o território literário ao inserir narrativas contra-hegemônicas e que refletem as diversidades culturais e sociais do Brasil. O segundo centra-se em Metade Cara, Metade Máscara, analisando como a obra e sua autora, Eliane Potiguara, contestam o cânone literário e oferecem um olhar coletivo, representando uma pluralidade de vozes indígenas. O trabalho mostra como Potiguara ressignifica a literatura indígena, ao combinar o presente e o ancestral para vislumbrar futuros possíveis, num exercício de imaginação descolonizadora que nos instiga a repensar as fronteiras do (im)possível e a reescrever futuros que transcendem as limitações hegemônicas", publisher = {Universidade Estadual de Goiás}, scholl = {Programa de Pós-Graduação Strito sensu em Língua, Literatura e Interculturalidade (POSLLI)}, note = {UEG ::Coordenação de Mestrado em Língua, Literatura e Interculturalidade} }