@PHDTHESIS{ 2025:1726167832, title = {A transformação da natureza e a urbanização do interior de Goiás a partir da construção de Goiânia}, year = {2025}, url = "http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1863", abstract = "O presente estudo analisa a importância da criação de Goiânia como capital de Goiás, buscando compreender a influência do urbanismo progressista de Attílio Corrêa Lima e as ações políticas sobre o interior do estado e o papel da natureza, especialmente como relação ao Mato Grosso de Goiás. Tal evento implicou em uma mudança de pensamento que refletia os ideais modernizadores do governo de Getúlio Vargas e da Marcha para o Oeste, o que implicou na substituição do modelo rural por um projeto urbano-industrial que alinhava o estado à ideia de desenvolvimento nacional. A construção de Goiânia, baseada no planejamento urbano progressista, pretendia domar e explorar a natureza como fonte de riqueza. A análise documental inclui jornais, mapas, leis e reportagens da época, e se fundamenta em relatos como os de Speridião Faissol e nas perspectivas teórico-metodológicas de William Cronon. As cidades de Ceres e Goianésia, criadas a partir do projeto da Colônia Agrícola Nacional de Goiás (CANG), ilustram o uso do urbanismo planejado como forma de dominação e aproveitamento econômico do território. Já Anápolis, inicialmente uma pequena vila, tornou-se um importante entreposto agrícola e, posteriormente, polo industrial com a implantação do Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA) em 1976, favorecida por sua posição estratégica entre Goiânia e Brasília. Contudo, esse crescimento foi marcado por contradições entre planejamento e realidade: a urbanização priorizou a lógica da ocupação do solo por loteamentos e vias, negligenciando elementos naturais, como áreas de preservação e cursos d’água, vistos como obstáculos ao progresso. A pesquisa evidencia que o planejamento urbano, muitas vezes limitado à demarcação de lotes, contribuiu para a degradação ambiental. A subordinação da natureza à racionalidade urbana gerou danos que, no longo prazo, exigiram altos investimentos públicos em reparações. O uso de instrumentos como, por exemplo, o Método de Custos Evitados (MCE) pode mitigar esses impactos, ao indicar alternativas sustentáveis, como bacias de detenção para drenagem urbana. Por fim, o estudo propõe refletir sobre o passado para pensar um modelo de desenvolvimento urbano que integre a natureza como elemento essencial, não subordinado ao lucro, mas reconhecido como bem público e inegociável, orientando futuras análises sobre ocupações e eficácia dos planos diretores.", publisher = {Universidade Estadual de Goiás}, scholl = {Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Recursos Naturais do Cerrado RENAC}, note = {UEG ::Coordenação de Doutorado em Recursos Naturais do Cerrado} }