@MASTERSTHESIS{ 2025:505346620, title = {O /R/ em coda na cidade de Goiás : uma análise sociolinguística}, year = {2025}, url = "http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1867", abstract = "de Goiás – GO. O estudo foi realizado com base nos pressupostos teóricos e metodológicos da Sociolinguística Variacionista (Labov, 2001; 2008[1972]; Weinreich; Labov; Herzog, 2006), que concebem a língua como parte inerente à estrutura social. Além disso, estabeleceu-se um diálogo com os estudos sobre o significado social da variação (Eckert, 2008, 2012), com o intuito de compreender como a variação do /R/ pode estar atrelada à construção de identidade social e histórica, refletindo um profundo enraizamento sociocultural da comunidade de fala investigada. O fenômeno em questão já foi amplamente analisado em diferentes comunidades linguísticas, em estudos que também fundamentam esta dissertação, tais como os de Amadeu Amaral (1920), Monaretto (1992, 1997), Callou, Leite e Moraes (1996), Cristófaro Silva (2003), Rennicke (2016) e Ricardo (2022). Logo, ao voltar-se para a comunidade de fala supracitada, o estudo buscou preencher uma lacuna na pesquisa sociolinguística, ao mesmo tempo em que pretendeu inserir a cidade de Goiás no mapeamento sociolinguístico brasileiro. Como corpus, foi utilizado o banco de dados coletado por Bernardes (2020), composto por 24 entrevistas gravadas com informantes vilaboenses. As entrevistas foram conduzidas a partir de um roteiro semiestruturado. Em seguida, foram extraídos os trechos que continham ocorrências do fenômeno linguístico em análise. Essas ocorrências foram, primeiramente, submetidas a tratamento acústico por meio do programa PRAAT, com o objetivo de identificar e distinguir os diferentes sons realizados para o /R/. Posteriormente, os dados foram analisados estatisticamente no software RStudio, com o intuito de verificar a influência das variáveis linguísticas e extralinguísticas sobre a variação observada. Foram consideradas, na análise estatística, variáveis linguísticas como: contexto fonético precedente, contexto fonético seguinte, classe morfológica, posição da coda, tonicidade da sílaba, extensão do vocábulo e contexto morfológico. E, as variáveis sociais analisadas foram: sexo, faixa etária e nível de escolaridade. A aplicação da regressão logística teve como foco a variante retroflexa, devido à sua predominância no corpus analisado. Os resultados indicaram que, dentre as variáveis linguísticas, a classe morfológica, a posição da coda e a tonicidade da sílaba foram as mais significativas. No plano social, a variável faixa etária destacou-se como a de maior relevância na correlação com a ocorrência da variante. A presença marcante do /R/ retroflexo evidencia que a cidade de Goiás é atravessada por uma forte tradição histórica, possivelmente herdada do período da invasão dos bandeirantes paulistas durante o Ciclo do Ouro, no século XVIII.", publisher = {Universidade Estadual de Goiás}, scholl = {Programa de Pós-Graduação Strito sensu em Língua, Literatura e Interculturalidade (POSLLI)}, note = {UEG ::Coordenação de Mestrado em Língua, Literatura e Interculturalidade} }