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http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1262
Tipo do documento: | Dissertação |
Título: | A negação como variável sociolinguística na cidade de Goiás - GO |
Título(s) alternativo(s): | Denial as a sociolinguistic variable in the city of Goiás - GO |
Autor: | Menezes, Vander Simão |
Primeiro orientador: | Vieira, Marília Silva |
Primeiro membro da banca: | Vieira, Marília Silva |
Segundo membro da banca: | Schwenter, Scott |
Terceiro membro da banca: | Souza, Antônio Carlos Santana de |
Quarto membro da banca: | Assis, Eleone Ferraz de |
Resumo: | O objeto deste estudo é o fenômeno de variação da negação sentencial. Observamos, no Português Brasileiro (doravante, PB), a ocorrência da negação em três diferentes posições em relação ao verbo: pré-verbal (NEG+V) – NEG1; duplamente marcada, antes e depois do verbo (NEG+V+NEG) – NEG2; e pós-verbal (V+NEG) – NEG3. O objetivo da presente pesquisa é descrever a variação da negação sentencial na fala vilaboense. O fenômeno em questão é objeto de diversos trabalhos, tais como: Avelar; Silva; Almeida (2013); Cavalcante (2007); Cunha (2001); Nascimento (2014); Rocha (2013) e Sousa (2012). Orientamo-nos, para este estudo, pela Sociolinguística Variacionista (LABOV, 1978; LABOV, 2008; WEINREICH; LABOV; HERZOG, 2006) e pela concepção de que o Português Brasileiro se consolidou como uma língua ímpar devido a uma série de fatores, como o contato entre línguas ocorrido ao longo da história nacional (AMARAL, 1976; BORTONI-RICARDO, 2021; LIPSKI, 2008; LUCCHESI, 2017). Há indícios significativos de que a variação da forma de negação utilizada pelo falante tenha influência das línguas bantas e de que seja motivado por fatores pragmáticos, tais como a economia e a informatividade. O estudo da língua, que aqui propomos, parte de evidências empíricas que permitem a observação da variação que ocorre na fala. Esta abordagem fez com que seja necessária a constituição de um corpus para a análise. Para isso, lançou-se mão do banco de dados de dois grupos de estudo: do Grupo de Estudos Funcionalistas, da Universidade Federal de Goiás (GEF/UFG); e do Grupo de Estudos e Pesquisas em Sociolinguística, da Universidade Estadual de Goiás (Sociolinco/UEG/Cora Coralina). No corpus analisado, encontramos 1990 ocorrências para NEG1 e 553 ocorrências de NEG2, ao passo que NEG3 ocorreu apenas 91 vezes. Verificamos que as chances de NEG2 ser empregada são maiores na amostra coletada em 2003, com informantes do sexo masculino e com menos de 35 anos de idades em 2003. No que se refere às variáveis linguísticas, constatamos que, quando a informação é diretamente ativada no discurso, as sequências discursivas avaliativas e dialogais, as orações absolutas, a ausência de marcadores discursivos aumenta as chances de variação. |
Abstract: | This study object is the phenomenon of negative sentence variation. Brazilian Portuguese (henceforth BP) is seen to have three different negative positions regarding the verb: pre-verbal (NEG+V) – NEG1; double marked, before and after the verb (NEG+V+NEG) – NEG2; and post-verbal (V+NEG) – NEG3. The objective of the present research is to describe the variation of the sentence denial in Vilaboense speech. Such phenomenon has been the focus of previous research, namely Avelar, Silva and Almeida (2013); Cavalcante (2007); Cunha (2001); Nascimento (2014); Rocha (2013) and Sousa (2012). Our study is oriented by Variationist Sociolinguistics (LABOV, 1978; LABOV, 2008; WEINREICH; LABOV; HERZOG, 2006) and by the assumption that BP has become a unique language due to a series of factors, such as language contact throughout national history (AMARAL, 1976; BORTONI-RICARDO, 2021; LIPSKI, 2008; LUCCHESI, 2017). There are significant clues that the variation in the form of negation chosen by the speaker has been influenced by Bantu languages and motivated by pragmatic factors, such as economy and informational content, which pressure communicative contexts. We propose a language approach that relies on empirical evidence, which enables the observation of speech variation. Thus, we had to constitute a corpus for analysis. We used databanks from two study groups: Functional Study Group, at Goiás Federal University (GEF/UFG); and Study Group and Research on Sociolinguistics, at Goiás State University (Sociolinco/UEG/Cora Coralina). We used R (R CORE TEAM, 2013) so as to carry out the statistical data analysis (OUSHIRO, 2017). In the surveyed corpus, we found 1990 hits for NEG1 and 553 hits for NEG2, whereas NEG3 occurred only 91 times. We found out that NEG2 has an increased chance to occur when compared to the 2003 sample, with male informants and under 35 years of age in 2003. Regarding linguistic variables, we found out that when information is directly activated in discourse, NEG2 has an increased chance to occur in conjunction with evaluative and dialogical discourse sequences, absolute sentences and absence of discourse markers increases the chances of variation. |
Palavras-chave: | Variação linguística Português brasileiro Línguas bantas Cidade de Goiás, GO Negação sentencial Negative sentence. Town of Goiás-GO Linguistic variation Sociolinguistics Bantu languages Town of Goiás, GO |
Área(s) do CNPq: | LINGUISTICA, LETRAS E ARTES LINGUISTICA::SOCIOLINGUISTICA E DIALETOLOGIA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade Estadual de Goiás |
Sigla da instituição: | UEG |
Departamento: | UEG ::Coordenação de Mestrado em Língua, Literatura e Interculturalidade |
Programa: | Programa de Pós-Graduação Strito sensu em Língua, Literatura e Interculturalidade (POSLLI) |
Citação: | MENEZES, V. S. A negação como variável sociolinguística na cidade de Goiás - GO. 2022. 145 f. Dissertação (Mestrado em Língua, Literatura e Interculturalidade) – Câmpus Cora Coralina, Universidade Estadual de Goiás, Goiás, GO, 2022. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1262 |
Data de defesa: | 26-Jan-2022 |
Aparece nas coleções: | Mestrado Acadêmico em Língua, Literatura e Interculturalidade |
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Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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