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http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1381
Tipo do documento: | Dissertação |
Título: | A política da morte na ficção distópica de Ignácio Loyola Brandão |
Título(s) alternativo(s): | The politics of death in Ignácio Loyola Brandão’s dystopian fiction |
Autor: | Araújo, Fernanda Nunes de |
Primeiro orientador: | Sales, Paulo Alberto da Silva |
Primeiro membro da banca: | Sales, Paulo Alberto da Silva |
Segundo membro da banca: | Ribeiro, Renata Rocha |
Terceiro membro da banca: | Pinheiro Neto, José Elias |
Resumo: | A ficção distópica na contemporaneidade tem se consolidado no universo literário como uma das mais populares vertentes do romance pela sua capacidade de objeção ao projeto de destruição do pensamento crítico e por funcionar como uma espécie de alerta em relação aos perigos que assolam a humanidade. No caso específico da literatura brasileira, esse tipo de narrativa assume dicções específicas, sobretudo no que diz respeito à hibridação entre fato e ficção. Neste sentido, essa dissertação irá perscrutar as narrativas distópicas do autor brasileiro Ignácio Loyola Brandão, em especial, o romance Desta terra nada vai sobrar, a não ser o vento que sopra sobre ela (2019), na tentativa de identificar se há alguma relação entre a sua escrita distópica e a "política da morte” defendida por Achille Mbembe (2011) em sua obra Necropolítica. Nela, o filósofo apresenta uma leitura da política como um campo de guerra onde quem tem a soberania detém o poder de definir quem importa e quem não importa viver. Nesse sentido, observa-se que Ignácio de Loyola Brandão tem produzido, nas últimas décadas, romances que trazem em seu bojo, o espectro da desordem, da injustiça, da corrupção e da barbárie, dispensando, de forma metafórica, fortes críticas às estruturas organizacionais e governamentais que potencializam os sistemas de governo que, mesmo de forma indireta, se constituem totalitários. Ao abordar questões sociais, culturais, econômicas e políticas, o romancista rememora em suas obras momentos de tensão e de opressão enfrentados pelo país, principalmente, desde o período ditatorial até a atualidade. A nosso ver, ele assume uma espécie de “missão”, ao valer-se da sua criação literária distópica para criticar o comportamentos das instituições de poder que, por meio de dispositivos, vigiam, usurpam, violentam e oprimem a população mais vulnerável. Essa característica do autor vai ao encontro do pensamento de Leyla Perrone-Moisés (2016), que em seu livro Mutações da literatura no século XXI, afirma que “a melhor literatura de nosso tempo é crítica” (p. 257). Como fundamentação teórica, nos apoiaremos nos estudos de Judith Butler (2020), Hannah Arendt (2012), Michel Foucault (2021) , Achille Mbembe (2011), dentre outros. |
Abstract: | Dystopian fiction in contemporary times has been consolidated in the literary universe as one of the most popular strands of the novel for its capacity to object to the project of destruction of critical thinking and to function as a kind of warning in relation to the dangers that beset humanity. In the specific case of Brazilian literature, this type of narrative takes on specific dictions, especially with regard to the hybridization between fact and fiction. In this sense, this dissertation will scrutinize the dystopian narratives of Brazilian author Ignácio Loyola Brandão, in particular, the novel Desta terra nada vai sobrar, a não ser o vento que sopra sobre ela (2019), in an attempt to identify whether there is any relationship between his dystopian writing and the "politics of death" advocated by Achille Mbembe (2011) in his work Necropolitics. In it, the philosopher presents a reading of politics as a field of war where those who have sovereignty hold the power to define who matters and who does not matter to live. In this sense, it is observed that Loyola Brandão has produced, in the last decades, novels that bring in their core, the specter of disorder, injustice, corruption and barbarism, dispensing, in a metaphorical way, strong criticism to organizational and governmental structures that potentiate systems of government that, even indirectly, are totalitarian. By addressing social, cultural, economic and political issues, the novelist remembers in his works moments of tension and oppression faced by the country, mainly, since the dictatorial period until today. In our view, he assumes a kind of "mission", by using his dystopian literary creation to criticize the behavior of the institutions of power that, by means of devices, watch over, usurp, violate and oppress the most vulnerable population. This characteristic of the author is in line with the thought of Leyla Perrone-Moisés (2016), who, in her book Mutations of Literature in the 21st Century, states that "the best literature of our time is critical" (p. 257). As a theoretical foundation, we will rely on the studies of Judith Butler (2020), Hannah Arendt (2012), Michel Foucault (2021) , Achille Mbembe (2011), among others. |
Palavras-chave: | Romance brasileiro contemporâneo Ignácio Loyola Brandão Distopia Hibridismo Necropolítica Contemporary brazilian novel Dystopia Hybridity Necropolitics |
Área(s) do CNPq: | LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade Estadual de Goiás |
Sigla da instituição: | UEG |
Departamento: | UEG ::Coordenação de Mestrado em Língua, Literatura e Interculturalidade |
Programa: | Programa de Pós-Graduação Strito sensu em Língua, Literatura e Interculturalidade (POSLLI) |
Citação: | ARAÚJO, Fernanda. A política da morte na ficção distópica de Ignácio Loyola Brandão. 2023. 139 f. Dissertação (Mestrado em Língua, Literatura e Interculturalidade) – Câmpus Cora Coralina, Universidade Estadual de Goiás, Goiás, GO, 2023. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1381 |
Data de defesa: | 17-Mar-2023 |
Aparece nas coleções: | Mestrado Acadêmico em Língua, Literatura e Interculturalidade |
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Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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