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Tipo do documento: Dissertação
Título: Distopias de crítica feminista : análise das sociedades patriarcais em “O ano da graça" e "Vox”
Título(s) alternativo(s): Dystopias of feminist criticism: analysis of patriarchal societies in “The year of grace” and “Vox”
Autor: Reis, Francisca Karina Torres dos 
Primeiro orientador: André, Adolfo José de Souza
Primeiro membro da banca: André, Adolfo José de Souza
Segundo membro da banca: David, Nismária Alves
Terceiro membro da banca: Carvalho, Maria Meire de
Resumo: Nas Distopias de Crítica Feminista, futuros autoritários e totalitários apresentam ambientes em que os direitos das mulheres são severamente restringidos, criando espaços sociais marcados por um controle absoluto dos corpos e das vozes femininas. É nesse cenário de opressão patriarcal extrema que as personagens femininas dos romances O ano da graça (2019), de Kim Liggett, e Vox (2018), de Christina Dalcher, buscam estratégias de sobrevivência e resistência. Essas narrativas destacam os desafios enfrentados por mulheres em regimes totalitários teocráticos, em que as mulheres não têm seus direitos civis reconhecidos, colocando-as em constante luta para preservar sua autonomia e identidade. Esta dissertação analisa essas personagens a partir das perspectivas da Utopia, Distopia e Distopia de Crítica Feminista, fundamentando-se em autores como Chris Ferns (1999), Fátima Vieira (2022) e Ildney Cavalcanti (1999; 2003; 2019). A análise das representações de poder e gênero nos romances dialoga com as Teorias Feministas de Gerda Lerner (2019; 2022), Simone de Beauvoir (2019), bell hooks (2019; 2021) e Carole Pateman (1988), articulando também as contribuições de Pierre Bourdieu (2020) sobre dominação masculina e violência simbólica, e Michel Foucault (2022) sobre vigilância e poder, para compreender as tensões entre opressão e resistência vividas pelas protagonistas. A análise evidencia como as Distopias de Crítica Feminista revelam as estruturas opressivas patriarcais e, simultaneamente, valorizam as formas de agência e contestação emergentes das protagonistas. Dessa forma, a literatura distópica também se configura como um ambiente de reflexão das dinâmicas de gênero, evidenciando diversas formas de resistência feminina. Por fim, este estudo contribui para o debate social acerca do patriarcado e da relevância do Feminismo para a resistência e a transformação. Ao destacar as personagens femininas como agentes ativos na contestação do patriarcado em contextos distópicos, a dissertação reforça o papel da literatura na problematização das relações de poder e nas reflexões que ultrapassam o âmbito literário, impactando a compreensão e a luta por igualdade na sociedade contemporânea.
Abstract: In Feminist Critique Dystopias, authoritarian and totalitarian futures depict environments in which women’s rights are severely restricted, creating social spaces marked by absolute control over female bodies and voices. It is within this context of extreme patriarchal oppression that the female characters of the novels The Grace Year (2019) by Kim Liggett and Vox (2018) by Christina Dalcher seek strategies for survival and resistance. These narratives highlight the challenges faced by women under theocratic totalitarian regimes, where their civil rights are not recognized, placing them in a constant struggle to preserve their autonomy and identity. This thesis analyzes these characters from the perspectives of Utopia, Dystopia, and Feminist Critique Dystopia, drawing on scholars such as Chris Ferns (1999), Fátima Vieira (2022), and Ildney Cavalcanti (1999; 2003; 2019). The analysis of representations of power and gender in these novels engages with Feminist Theories by Gerda Lerner (2019; 2022), Simone de Beauvoir (2019), bell hooks (2019; 2021), and Carole Pateman (1988), and also incorporates Pierre Bourdieu’s (2020) concepts of male domination and symbolic violence, as well as Michel Foucault’s (2022) theories on surveillance and power, to understand the tensions between oppression and resistance experienced by the protagonists. The analysis demonstrates how Feminist Critique Dystopias reveal patriarchal oppressive structures while simultaneously highlighting the forms of agency and contestation that emerge from the protagonists. Thus, dystopian literature also serves as a space for reflecting on gender dynamics, bringing to light various forms of female resistance. Ultimately, this study contributes to the broader social debate about patriarchy and the importance of Feminism for resistance and transformation. By emphasizing female characters as active agents in challenging patriarchy in dystopian contexts, this thesis reinforces the role of literature in questioning power relations and fostering reflections that go beyond literature, impacting the understanding of and fight for equality in contemporary society.
Palavras-chave: Distopias de crítica feminista
Gênero
Patriarcado
Poder
Resistência feminina
Feminist critical dystopias
Gender
Patriarchy
Power
Women’s resistance
Área(s) do CNPq: LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS
LETRAS::TEORIA LITERARIA
LETRAS::LITERATURA COMPARADA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Estadual de Goiás
Sigla da instituição: UEG
Departamento: UEG ::Coordenação de Mestrado em Língua, Literatura e Interculturalidade
Programa: Programa de Pós-Graduação Strito sensu em Língua, Literatura e Interculturalidade (POSLLI)
Citação: REIS, Francisca. Distopias de crítica feminista: análise das sociedades patriarcais em “O ano da graça" e "Vox”. 2025. 147 f. Dissertação (Mestrado em Língua, Literatura e Interculturalidade) – Câmpus Cora Coralina, Universidade Estadual de Goiás, Goiás, GO, 2025.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1879
Data de defesa: 1-Set-2025
Aparece nas coleções:Mestrado Acadêmico em Língua, Literatura e Interculturalidade

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